Fatores de risco para o câncer de boca

De acordo com o INCA, o Brasil é o terceiro país com a maior incidência de câncer de boca em todo o mundo. As estimativas do Instituto sobre a doença indicam uma média de 15 mil casos por ano. É o quinto tipo de câncer mais comum entre os homens e o décimo terceiro entre as mulheres. 

Com números tão expressivos e reforçando o nosso compromisso em promover a saúde bucal em todos os aspectos, neste blog iremos abordar o assunto. 

Como surge a doença? 

Estatisticamente falando, o tumor é mais comum em homens a partir dos 40 anos. Esse tumor pode afetar diversas regiões da boca e também da garganta, tais como: 

• Lábios;
• Gengivas;
• Bochechas;
• Céu da boca; 
• língua e a região embaixo da língua.

Possíveis sintomas

O diagnóstico do câncer de cavidade bucal só pode ser dado a partir de exames clínicos e também de biópsia. A endoscopia e a videolaringoscopia também podem ser utilizados para que se analise a extensão do tumor. 

Vale ressaltar também que alguns sintomas podem ajudar a identificar o problema. Entre eles, podemos citar feridas nos lábios e na boca que não cicatrizam após mais de duas semanas, manchas e placas vermelhas ou esbranquiçadas na boca e sangramentos sem origem definida conhecida na cavidade oral. 

Outros sintomas que merecem atenção: Nódulos (caroços) no pescoço, sensação de algo preso na garganta e rouquidão constante. Em casos mais agudos, pode-se observar também dificuldades para a mastigação e fala. 

Papel do dentista

Por se tratar de uma doença que se relaciona de forma direta com a Odontologia, o dentista exerce um papel importantíssimo no diagnóstico, ainda que a análise definitiva fique por conta de um cirurgião especializado em cabeça e pescoço. 

Além de poder realizar a biópsia para analisar o problema, será o responsável por acompanhar a saúde bucal do paciente ao longo de todo o tratamento, conscientizando o paciente inclusive a respeito do autoexame bucal para analisar qualquer possível alteração. Uma relação de confiança será fundamental para a cura. 

Autoexame bucal

O nome já resume do que se trata: uma análise completa de toda a cavidade bucal, feita pelo paciente, na busca por qualquer alteração que gere problemas: dentes fraturados, lesões na boca, manchas esbranquiçadas na língua. 

É importante incluir este exercício na sua rotina e, em caso de qualquer problema, consultar um dentista para averiguar a situação. 

Hábitos que favorecem a doença

Como acontece em outras doenças bucais, os hábitos e o estilo de vida do indivíduo podem contribuir para desenvolver o câncer. Entre os principais fatores de risco para o problema, podemos citar: 

• Tabagismo: o hábito de fumar cigarro ou outros derivados faz com que o indivíduo tenha uma predisposição muito maior à doença em comparação aos não-fumantes.

• Álcool em excesso: exagerar na bebida alcoólica diminui as defesas do organismo, o que aumenta a probabilidade de se ter a doença. 

• Histórico familiar: caso a família possua histórico de câncer, é importante redobrar a atenção.

• Exposição ao sol sem proteção: embora muitos não levem isso em conta, assim como a pele, os lábios devem ser protegidos dos raios solares. Protegê-los contribui para o não desenvolvimento de tumor na região. Com a proximidade do verão, o cuidado deve ser redobrado. 

• Má higiene bucal: por fim, não poderíamos deixar de mencionar a falta de cuidado diário com o sorriso como fator de risco. Uma boca que não é limpa devidamente abre espaço para infecções e inflamações que podem evoluir para algo mais grave. 

Tratamento

Quando detectado precocemente e tratado de forma adequada, o câncer de boca possui chances de cura estimadas em 80%. A quimioterapia ou radioterapia são utilizadas em pacientes que estão em estágios mais agudos da doença. 

Previna-se!

O melhor caminho contra o câncer de boca é sem dúvidas a prevenção. Além da questão dos hábitos citada no tópico anterior, cuidar da sua higiene bucal e visitar o dentista periodicamente fazem a diferença. 

Não descuide do seu sorriso, ele agradece! 

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