O uso da chupeta e suas consequências na má oclusão dentária

É bem possível que você, que está lendo este texto, tenha utilizado chupeta em algum momento da sua infância. Muitos pais costumam oferecê-la com frequência aos seus filhos como uma maneira de acalmá-los. No entanto, especialistas em odontopediatria veem no acessório um risco para a saúde e estrutura dental do bebê, provocando consequências no futuro. Por isso, abordaremos aqui as consequências do uso da chupeta na má oclusão dentária. 

De símbolo da infância à problema

Por trás de um hábito que simboliza o início da infância e é bastante fofo de se ver, podem surgir uma série de problemas que prejudicam a saúde bucal. Estudos apontam que a utilização da chupeta atrapalha o mecanismo de sucção dos bebês, que já nascem com essa função plenamente desenvolvida. Isto acontece devido a chamada “confusão de bicos”, que leva o bebê a posicionar a língua de forma ineficiente, alterando assim a pega ao bico do peito, o que pode acarretar no desmame precoce, atrapalhando sua saúde e seu desenvolvimento. 

 

O assunto é tão sério que os fabricantes de chupetas e mamadeiras são obrigados pelo Ministério da Saúde a incluírem nas embalagens dos produtos os seguintes dizeres: “A criança que mama ao peito não necessita de mamadeira, bico ou chupeta. O uso de mamadeira, bico ou chupeta prejudica a amamentação e seu uso prolongado prejudica a dentição e a fala da criança”. A regulamentação está em vigor desde 2002

Possíveis problemas na dentição

Entre os possíveis problemas que o uso da chupeta pode trazer para os dentes, podemos citar: 

  • Alteração no formato da boca: é bastante comum encontrarmos crianças com a boquinha virada para fora, principalmente o lábio inferior, e isto pode ser decorrente da utilização da chupeta. Outra consequência que pode surgir são as bochechas caídas e o queixo enrugado, dependendo da capacidade de sucção dos pequenos. 
  • Dentes tortos: certamente o efeito mais clássico do uso da chupeta ou do hábito também nocivo à saúde bucal de “chupar dedo”, causando modificações no desenvolvimento da arcada e dos dentes, problemas que precisarão ser corrigidos no futuro por meio de aparelhos ortodônticos para que o sorriso fique alinhado e saudável. 
  • Ossos da face sem harmonia e problemas na respiração: a utilização do bico artificial pode também provocar o estreitamento na arcada, além de desvios nos ossos nasais (desvio de septo). Deste modo, as funções de mastigação, deglutição, fala e respiração são prejudicadas, o que pode ocasionar problemas respiratórios no futuro como rinite, sinusite, amigdalite,  entre outros,  alterando tanto a estética como a fisiologia.
  • Mordida aberta, cruzada e dentes saltados para frente: diversas pesquisas na área odontológica indicam que as crianças que usam bicos artificiais têm 12 vezes mais chances de desenvolver problemas em comparação com as que não usam ou usaram. E que 70% dos pequenos que usaram chupeta tiveram algum tipo de má oclusão.

Desestimulando o uso da chupeta

Sabemos que uma vez adquirido, o hábito de utilizar a chupeta é bem complicado de se retirar, e requer muito jogo de cintura e paciência dos pais para lidar com as crianças. Porém, algumas dicas podem ser úteis nesse momento.

Vamos a elas: 

  • Retire a chupeta durante a noite: tente retirar, com muito jeitinho, a chupeta da boca da criança depois que ela pegar no sono. No entanto, para manter uma relação de confiança, antes de ela adormecer, avise que você fará isso e explique que deixará o acessório ao lado dela, no travesseiro. Caso ela acorde e queira, poderá utilizá-la. Neste processo transitório, jamais descumpra o combinado. 
  • Converse com a criança apenas de boca vazia: peça para a criança sempre tirar a chupeta da boca para falar. Diga a ela que não consegue entender o que ela está falando, ainda que consiga. 
  • Dia D: combine com a criança um dia e horário para retirar oficialmente a chupeta. Vale celebrar e até oferecer algum agrado a ela. Contudo, não volte atrás caso surja uma birra, pois assim ela entenderá que a mesma ainda está disponível. 

A importância de diagnosticar os problemas cedo

Por fim, vale ressaltar que é importantíssimo que o bebê visite o dentista nos primeiros seis meses de vida, até mesmo antes de surgirem alguns dentinhos. Durante a consulta, os pais irão receber orientações a respeito da higiene oral, possíveis problemas de oclusão, dieta, aplicação de flúor, riscos para o desenvolvimento da cárie, entre outros. Em nosso texto com as 5 perguntas mais comuns sobre a saúde bucal das crianças, falamos mais sobre este assunto. 

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